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Museu moda Brasil feminina
Museu moda Brasil feminina

Primeiro museu brasileiro da moda conta a história da roupa feminina por meio de vestidos


        Museu dedicado à história da moda guia visitante por mais de dez períodos diferentes

Com uma ideia na cabeça e um ateliê nos moldes da alta-costura à disposição, a estilista gaúcha Milka Wolff tirou do papel o primeiro museu brasileiro totalmente dedicado à história da moda feminina. Milka vai mais longe e afirma que este é o primeiro espaço do mundo com exposição permanente voltada para a história do vestuário. O Museu da Moda fica em Canela, no interior do Rio Grande do Sul, e reúne um acervo com 150 peças, majoritariamente vestidos, distribuídas por cerca de 3 mil m². O UOL visitou o espaço, que segue os padrões de museus de moda estrangeiros, com iluminação de LED, climatização controlada e proibição de fotos.


Aberto ao público no final de dezembro do ano passado, o museu não exibe peças antigas, mas réplicas de modelos e vestidos que existiram de verdade, mas que se deterioraram e desapareceram ao longo dos anos, que não podem ser comprados facilmente ou que nem sequer estão à venda. “Nós visitamos museus e recorremos ao que existe só nos livros para montar esse acervo. Tentei fazer com que não faltasse nada de cada era”, detalha Milka, que trabalha com moda há mais de 50 anos e se especializou em vestidos de festa.



Viaje pela história da moda a partir dos vestidos do museu15 fotos

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As rainhas da França têm uma vitrine específica no Museu da Moda, mas, de todas elas, Maria Antonieta é o destaque. Tanto que ganhou uma vitrine só para ela, ou melhor, para o seu pomposo vestido, cheio de ornamentos. Maria Antonieta gostava do luxo, inclusive, no guarda-roupa. Nesta réplica, é possível notar que o excesso de tecido e camadas na saia obriga a rainha a manter os braços levantados. Tudo que ela usava era copiado pela nobreza francesa, de cores até tecidos e enfeites de cabeça Claudia Silveira/UOL

O objetivo era reproduzir com o máximo de fidelidade cada traje selecionado. Segundo Milka, que coordenou a equipe de criação, todas as peças foram confeccionadas obedecendo as limitações da época retratada. Se era um período em que a máquina de costura ainda não tinha sido inventada, tudo era feito à mão, inclusive os tecidos, saídos direto de um tear manual.

O passeio pela história contada pelo Museu da Moda começa por volta de 2000 a.C. com os vestidos do Egito, da Grécia, de Roma e da Pérsia, onde atualmente encontra-se o Irã. A Antiguidade é a era que dá as boas-vindas, fazendo o visitante entrar no clima histórico e, ao mesmo tempo, fashionista. Ao longo de 19 vitrines temáticas, percorre-se o guarda-roupa da Idade Média, do Renascimento, da Belle Époque e entra-se no século 21, onde os ciclos da moda estão divididos por décadas.

 

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ERA NAPOLEÔNICA: esse é o nome dado ao período em que Napoleão Bonaparte esteve à frente do governo francês. O Museu da Moda retrata o início do século 19, quando Paris estava repleta de novos parques e monumentos e vivia a retomada do luxo após a Revolução Francesa. Acessórios finos e elegantes, como luvas, bolsas e véus de renda eram queridinhos da classe alta. As mangas deixaram de ser bufantes. Já a matéria-prima vinha das fábricas têxteis de Lyon, que forneciam tafetás, veludos e brocados em substituição aos leves tecidos que eram importados da Índia Claudia Silveira/UOL

O objetivo era reproduzir com o máximo de fidelidade cada traje selecionado. Segundo Milka, que coordenou a equipe de criação, todas as peças foram confeccionadas obedecendo as limitações da época retratada. Se era um período em que a máquina de costura ainda não tinha sido inventada, tudo era feito à mão, inclusive os tecidos, saídos direto de um tear manual.

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BELLE ÉPOQUE: da Era Napoleônica, o museu leva o visitante até a Belle Époque, período que compreende os anos 1870 até 1914 e o início da Primeira Guerra Mundial. A burguesia dos países industrializados vivia um momento de progresso econômico e tecnológico e o vestuário feminino revisitava a antiga classe aristocrática. Os vestidos tinham muitos babados, plissados, franjas e passanamarias (um tipo de aviamento). As ancas postiças, aquela armação de criava uma curva acentuada na parte de trás, se tornaram muito populares na época Claudia Silveira/UOL

O objetivo era reproduzir com o máximo de fidelidade cada traje selecionado. Segundo Milka, que coordenou a equipe de criação, todas as peças foram confeccionadas obedecendo as limitações da época retratada. Se era um período em que a máquina de costura ainda não tinha sido inventada, tudo era feito à mão, inclusive os tecidos, saídos direto de um tear manual.

 

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AVANT GARDE: o período conhecido como "Avant Gard" ou Vanguarda rendeu frutos principalmente no campo das artes plásticas, com o surgimento de movimentos artísticos o Cubismo e o Surrealismo. Deste período, o Museu da Moda explora a mudança pela qual passou a silhueta feminina, sobretudo após a Primeira Guerra Mundial e nos anos 1920. O busto ficou menor e o quadril, mais estreito. Os vestidos encurtaram e o comprimento foi parar logo abaixo do joelho, o que possibilitou às mulheres mostrarem o tornozelo. Um escândalo para a época. O corpo feminino se viu livre de armaduras como o espartilho e das golas altas e vestidos com caudas. A silhueta feminina se tornou tão simples que parecia um tubo. Apesar da simplicidade na silhueta, o guarda-roupa não empobreceu: usava-se muita pele e roupas bordadas com contas e lantejoulas Claudia Silveira/UOL

O objetivo era reproduzir com o máximo de fidelidade cada traje selecionado. Segundo Milka, que coordenou a equipe de criação, todas as peças foram confeccionadas obedecendo as limitações da época retratada. Se era um período em que a máquina de costura ainda não tinha sido inventada, tudo era feito à mão, inclusive os tecidos, saídos direto de um tear manual.

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ANOS 1950: dos anos 1920, o Museu da Moda vai direto para os anos 1950, década em que inúmeras tendências surgiram, entre elas a cintura marcada e a saia rodada de Christian Dior. Esta é a silhueta que pode ser observada nos vestidos do museu. Na época, todos os esforços em Paris se voltavam para manter o predomínio da alta-costura parisiense, que se recuperava da Segunda Guerra Mundial. No final dos anos 1950, uma moda moda jovem começava a vigorar, com calças cigarrete, sapatilhas modelo bailarina e suéteres Claudia Silveira/UOL

O objetivo era reproduzir com o máximo de fidelidade cada traje selecionado. Segundo Milka, que coordenou a equipe de criação, todas as peças foram confeccionadas obedecendo as limitações da época retratada. Se era um período em que a máquina de costura ainda não tinha sido inventada, tudo era feito à mão, inclusive os tecidos, saídos direto de um tear manual.

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ANOS 1960: no ritmo da dança twist, surge o comprimento curto em vestidos e na minissaia, como neste vestido exposto no Museu da Moda. As cores claras ganham a preferência. As fibras sintéticas ficaram cada vez mais leves e resistentes e ajudaram a melhorar a qualidade da confecção. Na disputa das saias longas e das minis, veio o comprimento midi, que passou a ser muito usado com botas Claudia Silveira/UOL

O objetivo era reproduzir com o máximo de fidelidade cada traje selecionado. Segundo Milka, que coordenou a equipe de criação, todas as peças foram confeccionadas obedecendo as limitações da época retratada. Se era um período em que a máquina de costura ainda não tinha sido inventada, tudo era feito à mão, inclusive os tecidos, saídos direto de um tear manual.

 

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Os anos 1960 também testemunharam a popularidade do estilo "ladylike", em que a feminilidade e delicadeza da mulher eram o ponto alto, mesmo que as peças fossem estruturadas, como um terninho em tweed de Chanel. A ex-primeira-dama dos Estados Unidos Jacqueline Kennedy era uma das musas do período Claudia Silveira/UOL

O objetivo era reproduzir com o máximo de fidelidade cada traje selecionado. Segundo Milka, que coordenou a equipe de criação, todas as peças foram confeccionadas obedecendo as limitações da época retratada. Se era um período em que a máquina de costura ainda não tinha sido inventada, tudo era feito à mão, inclusive os tecidos, saídos direto de um tear manual.

 

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ANOS 1970: o estilo tão característico dos anos 1970 deu seus primeiros passos, de fato, no final dos anos 1960 com os hippies, que exploraram novas formas de vestir saias e usar acessórios. No Museu da Moda, os vestidos longos são o destaque desta década, assim como o tecido sintético estampado. O decote em V, flores e tingimentos "tie dye" marcaram a época, ao lado das calças pantalona e da boca de sino Claudia Silveira/UOL

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ANOS 1980: a vitrine que representa os anos 1980 dá um aperitivo dessa década que se destacou por uma moda extravagante e culto ao corpo. Grandes ombreiras e tecidos brilhosos como o lurex e cores vibrantes são algumas das características do guarda-roupa feminino desta década Claudia Silveira/UOL

O objetivo era reproduzir com o máximo de fidelidade cada traje selecionado. Segundo Milka, que coordenou a equipe de criação, todas as peças foram confeccionadas obedecendo as limitações da época retratada. Se era um período em que a máquina de costura ainda não tinha sido inventada, tudo era feito à mão, inclusive os tecidos, saídos direto de um tear manual.

 

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ANOS 1990: o minimalismo é a palavra-chave dos anos 1990. No Museu da Moda, ele é representado particularmente nos vestidos de festa. O uso do preto, em transparência ou nos bordados, torna-se quase obrigatório para as festas noturnas No dia a dia, a moda se voltou para o básico, passando bem longe dos excessos dos anos 1980. Segundo a estilista Milka Wolff, o que se veste atualmente ainda tem muito a ver com o que ditou a moda dos anos 1990 Claudia Silveira/UOL

O objetivo era reproduzir com o máximo de fidelidade cada traje selecionado. Segundo Milka, que coordenou a equipe de criação, todas as peças foram confeccionadas obedecendo as limitações da época retratada. Se era um período em que a máquina de costura ainda não tinha sido inventada, tudo era feito à mão, inclusive os tecidos, saídos direto de um tear manual.

 

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O Museu da Moda de Canela tomou os vestidos como referência para contar a história do vestuário feminino ao longo dos últimos quatro mil anos. Da Antiguidade até um guarda-roupa mais atual, confira o período que cada peça representa na história da moda Claudia Silveira/UOL

O objetivo era reproduzir com o máximo de fidelidade cada traje selecionado. Segundo Milka, que coordenou a equipe de criação, todas as peças foram confeccionadas obedecendo as limitações da época retratada. Se era um período em que a máquina de costura ainda não tinha sido inventada, tudo era feito à mão, inclusive os tecidos, saídos direto de um tear manual.

 

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ANTIGUIDADE: o que se sabe sobre as roupas deste período histórico vem de desenhos e pinturas em vasos e paredes, além das esculturas, pois poucas peças resistiram à ação do tempo. Nessa época, não existia uma "moda" como conceito, mas as roupas já indicavam status social e, no caso do Egito Antigo, por exemplo, poucas pessoas usavam roupas . Os vestidos acima indicam como as mulheres se vestiam na Grécia e em Roma. As peças eram feitas essencialmente de linho, lã e seda. Os tecidos eram confeccionados no tear. A estilista Milka Wolff conta que os vestidos eram compostos por peças retas, como se fossem um lençol, e eram moldados ao corpo, podendo uma roupa ser formada por duas, três peças diferentes. Os ornamentos vinham em seguida e também eram feitos com materiais naturais, como pedras e couro. O volume a cor das roupas identificavam os grupos sociais Claudia Silveira/UOL

O objetivo era reproduzir com o máximo de fidelidade cada traje selecionado. Segundo Milka, que coordenou a equipe de criação, todas as peças foram confeccionadas obedecendo as limitações da época retratada. Se era um período em que a máquina de costura ainda não tinha sido inventada, tudo era feito à mão, inclusive os tecidos, saídos direto de um tear manual.

 

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IDADE MÉDIA: considerada um período de "trevas", a Idade Média se estendeu do final do século 5º até meados do século 15. Nessa época, havia pouca diferença entre os estilos dos trajes usados pelas diversas nações do Ocidente. Neste vestido que representa a forma como uma dama da Espanha se vestia em 1325, é possível perceber a sobreposição de peças. A base tem mangas compridas e justas e é coberta por uma túnica de mangas curtas e folgadas, além de uma terceira peça com caráter ornamental Claudia Silveira/UOL

O objetivo era reproduzir com o máximo de fidelidade cada traje selecionado. Segundo Milka, que coordenou a equipe de criação, todas as peças foram confeccionadas obedecendo as limitações da época retratada. Se era um período em que a máquina de costura ainda não tinha sido inventada, tudo era feito à mão, inclusive os tecidos, saídos direto de um tear manual.

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ILUMINISMO: da Idade Média, o Museu da Moda guia o visitante para o Iluminisno, movimento surgido no século 18 e que defendia a razão em detrimento da visão teocêntrica, ou seja, Deus como centro de tudo. A nova ordem pedia vestidos claros, feitos, sobretudo, de algodão. Nesta réplica do museu, é possível observar a presença de ornamentos luxuosos, como pedras e pérolas. Cintos e fitas logo abaixo do busto também marcavam a silhueta da época. As mangas eram curtas e bufantes no verão e longas e estreitas nas regiões frias Claudia Silveira/UOL

O objetivo era reproduzir com o máximo de fidelidade cada traje selecionado. Segundo Milka, que coordenou a equipe de criação, todas as peças foram confeccionadas obedecendo as limitações da época retratada. Se era um período em que a máquina de costura ainda não tinha sido inventada, tudo era feito à mão, inclusive os tecidos, saídos direto de um tear manual.

 

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RENASCIMENTO: a vitrine que retrata o período da Renascença -- ou Renascimento -- é uma das que traz vestidos com maior riqueza de detalhes e ornamentos. O período histórico compreende os séculos 14 e 16 e retrata tecidos caros e elegantes, como veludo, seda, renda e brocado (tecido de seda com relevo bordado a ouro ou prata). O busto era enfatizado e a saia tinha pregas largas. Os corpetes eram usados por cima dos vestidos, como se fossem um casaco aberto na frente. Nesta réplica de vestido que representa o guarda-roupa de uma dama francesa em 1679 é possível observar, além do brocado, a manga bufante e cheia de ornamentos, grande moda da época Claudia Silveira/UOL

O objetivo era reproduzir com o máximo de fidelidade cada traje selecionado. Segundo Milka, que coordenou a equipe de criação, todas as peças foram confeccionadas obedecendo as limitações da época retratada. Se era um período em que a máquina de costura ainda não tinha sido inventada, tudo era feito à mão, inclusive os tecidos, saídos direto de um tear manual.